A aventura de escrever uma dissertação, uau... Para fazer o mestrado eu inventei o Projeto Tchaikovsky, que foi uma espécie de loucura necessária, algo que acabou por ser maior do que um mestrado exigia, que parecia maior do que eu poderia dar conta, talvez até um exagero, mas que me mostrou muitas direções para onde era necessário olhar. Acho que não preciso escrever muito sobre os processos de estudo e de escrita porque tem um monte de diários de estudo que contam o que foi esse caminho de reestudar o Concerto pra Violino de Tchaikovsky e a dissertação em si que conta as várias descobertas que vieram com a análise desses diários. Para dar um gostinho, copio aqui a Introdução da dissertação.
17/09/2022
23/03/2021
OUTROS CAMINHOS PARA OS OMBROS
Eis que aqui vos apresento meu primeiro artigo científico OUTROS CAMINHOS PARA OS OMBROS, publicado originalmente nos Anais da II Conferência do Encontro de Cordas Flausino Valle.
20/01/2020
AUMENTE SUA CONFIANÇA ABORDANDO O ESTUDO COMO UM CIRURGIÃO
Artigo por Noa Kageyama, PhD. Originalmente publicado no site The Bulletproof Musician
Foto encontrada aqui. |
22/08/2019
22/07/2019
PORQUE O PROGRESSO QUE VOCÊ FAZ NA SALA DE ESTUDO PARECE SUMIR NO DIA SEGUINTE
por Christine Carter com introdução de Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site Bulletproof Musician
Imagem encontrada aqui |
29/04/2019
COMO EU AQUEÇO - RACHEL BARTON PINE, parte 2
Esta é a segunda parte da entrevista com a violinista Rachel Barton Pine, a primeira parte está aqui no link:
Helena - Você usa estudo mental?
Rachel - Bastante! Sim! Especialmente para memorização, acho muito útil. Mas mesmo para pensar a musicalidade às vezes. Você pode ficar tão distraído pela execução técnica, que as frases não saem tão bonitas quanto gostaria. Então ocasionalmente eu canto como quero tocar, ouço dentro da minha cabeça e só depois pego o violino e toco. Mas em termos de uma sessão inteira de estudos sem o violino, na maior parte é para memorização. E também tem muito trabalho de preparação sem o violino: estudar a partitura, escutar gravações, contexto histórico, ler sobre o compositor…
Helena - Isso aparece bastante no modo como você toca, todo esse estudo. Outro assunto: muita gente fala sobre estudar oito, dez horas por dia…
Rachel Barton Pine e o naipe de violinos mais legal do mundo: os Segundões da OSM (oficialmente conhecido como naipe de segundos violinos da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo) |
Rachel - Gosto muito de falar sobre isso, porque acho que tem esse erro de concepção, de que se você quiser ser melhor tem que estudar mais horas. Em primeiro lugar: pessoas diferentes têm personalidades diferentes e tem gente que só consegue estar focada por um tanto de tempo. Honestamente, quando você está no palco aos 30 anos de idade, ninguém sabe e nem se importa se a primeira vez que tocou aquela peça foi quando você tinha oito anos de idade, 12, ou 15. Tudo o que importa é: você tem alguma coisa significativa para dizer com essa peça agora? E talvez a pessoa que aprendeu quando tinha oito anos não tenha desenvolvido isso. Então acho que se preocupar em ser o mais jovem ou o mais rápido não traz em si nenhum significado. E digo isso sendo uma pessoa que era, de fato, muito avançada quando era muito nova.
22/04/2019
COMO EU AQUEÇO - RACHEL BARTON PINE, parte 1
Não me lembro exatamente como, mas eu cheguei nesse vídeo aqui, do Parabéns a Você mais impressionante que eu vi na vida.
Era Rachel Barton Pine, e eu virei fã inconteste.
Alguns anos depois eu leio o nome dela na programação da orquestra onde toco, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Imaginou minha euforia?
Ela veio em agosto de 2018 e subiu pela primeira vez ao palco do Theatro Municipal de São Paulo para tocar com a gente. Foi a solista da Serenata para Violino e Orquestra de Leonard Bernstein, peça em 5 movimentos, obra de um lado mais modernoso do compositor. Deu bis nas duas apresentações e foi tudo um deleite.
Rachel topou dar a entrevista com muita simpatia e foi muita conversa, bem mais além do aquecimento. O tempo todo ela conversou de modo franco e com o violino na mão - o Guarnerius Ex-Bazzini Ex-Soldat! - demonstrando tudo que falava.
Eis aqui a primeira parte do papo que tivemos. Espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei.
15/12/2018
COMO EU AQUEÇO - OSCAR BOHORQUEZ
Em setembro de 2018 fui convidada para traduzir a masterclass do violinista Oscar Bohorquez que aconteceu na EMESP pelo Mozarteum Brasileiro.
Nessa ocasião gravamos essa pequena entrevista =)
14/12/2018
POR QUE 3:59.4 É UM NÚMERO TÃO SIGNIFICATIVO?
por Noa Kageyama, publicado originalmente no site The Bulletproof Musician
Você já se perguntou do que é capaz? Qual é o limite máximo do seu potencial? Quão talentoso você pode realmente ser?
Buzz Lightyear, personagem dos filmes Toy Story, cujo lema é "Ao infinito e além." |
É assim que se descobre.
15/11/2018
DEZ DIAS COM A CAMERATA ABERTA
por Helena Piccazio
Participar do projeto promovido pela Sociedade de Cultura Artística que reuniu novamente a Camerata Aberta foi para mim uma experiência incrível. Dois dias de concerto no MASP e a gravação de um CD tiveram um gosto muito especial.
06/09/2018
ELIZABETH CHANG - UM PAPO SOBRE CARREIRA
Foto encontrada aqui |
Me contactaram perguntando se eu gostaria de entrevistar Elizabeth Chang. Eu disse sim. Só depois fui pesquisar quem era, e gostei do que encontrei.
Elizabeth é uma violinista que participa de vários projetos interessantes - inclusive trabalhando na organização desses eventos - e foi/é professora de vários brasileiros que foram estudar com ela na Universidade de Massachussets Amherst, além de ensinar jovens talentos no programa preparatório da Juilliard.
Ela veio ao Brasil em maio de 2018 para uma pequena turnê de masterclasses e concertos. Essa foi a nossa conversa:
Ela veio ao Brasil em maio de 2018 para uma pequena turnê de masterclasses e concertos. Essa foi a nossa conversa:
06/08/2018
ESTUDAR COM A TV PARA TER UM FOCO-LASER
por Noa Kageyama, publicado originalmente no site The Bulletproof Musician
A data é sábado, 23 de fevereiro de 1991. O violinista Isaac Stern está solando um concerto de Mozart com a Filarmônica de Israel, Zubin Mehta regendo, quando é interrompido por sirenes que sinalizam um ataque aéreo de mísseis Scud.
A orquestra sai do palco para colocar equipamento de proteção; o público permanece em seu lugar usando máscaras de gás. Stern retorna ao palco sem máscara de gás, e começa a tocar a Sarabande da Partita em Re menor de Bach.
A maioria de nós nunca se apresentará em condições como essa, mas por um momento, imagine. Como alguém pode continuar concentrado na performance quando a possibilidade de um ataque de mísseis é tão real e iminente?
19/07/2018
ENRIQUE DIEMECKE - "O MAESTRO FEZ AULA DE VIOLINO COM SZERYNG."
Enrique Arturo Diemecke. Foto do site dele. |
Em abril de 2018 a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, onde toco, recebeu um maestro convidado para reger 2 concertos. No repertório, o Concerto para Piano n. 1 de F. Chopin e a 2a Sinfonia de J. Brahms.
Esse maestro era muito sorridente e muito bom. O mexicano Enrique Arturo Diemecke, diretor artístico do Teatro Colón e maestro da Orquestra Filarmônica de Buenos Aires, conquistou a orquestra toda. A semana com ele foi uma delícia! A maneira e o conhecimento com o qual ele trata a música e os músicos é inspirador, nos estimulou a tocar nosso melhor com um sorriso no rosto.
Durante os ensaios ele deu muitas indicações às cordas, sobretudo aos violinos. Essas indicações ultrapassavam conceitos estilísticos e falavam também de regiões do arco, articulações e coisas bem mais técnicas, que só um violinista saberia. Até que o Djavan Caetano, colega violinista, me contou: ele toca violino, e foi aluno do Szeryng. “Quê?!?!”
Na primeira oportunidade fui falar com o maestro e perguntei se isso era verdade. Ele confirmou alegremente, e marcamos a entrevista. Convidei o Djavan para vir junto, e foi essa a nossa conversa:
11/05/2018
O MELHOR PERÍODO DO DIA PARA ESTUDAR
por Dr. Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site The Bulletproof Musician
Achei essa foto aqui |
O quanto devemos estudar todos os dias é sempre uma questão popular. Nós procuramos no google, lemos livros e entrevistas, e perguntamos por aí para descobrir o quanto os grandes artistas estudam, o quanto nossos professores estudam e o quanto nossos colegas e companheiros estudam.
Enquanto isso, há outra questão, talvez ainda mais importante, que raramente (ou nunca) é perguntada.
Quando devemos estudar?
04/04/2018
COMO EU AQUEÇO - JON THORNE
Foto de Ollie Ford |
Em outubro de 2017 tive o privilégio de acompanhar o violista Jon Thorne como tradutora. Foi uma semana de atividades em São Paulo, onde ele deu masterclasses de viola e música de câmara, além de fazer um ensaio com a Orquestra Sinfônica Infanto-Juvenil do GURI.
Jon Thorne é inglês e estudou viola na London College of Music e depois na Royal College of Music. Hoje em dia é parte do corpo docente da Royal Academy of Music, onde dá aula de viola e música de câmara. Também trabalha com as principais orquestras inglesas - sempre como chefe de naipe - e já se apresentou nos principais palcos da Europa com seus quartetos e grupos de câmara, além de ser banca de concursos internacionais de música de câmara. Vamos falar bem mais sobre a carreira dele em uma outra entrevista (aliás, também ótima), que será publicada aqui em breve.
O fato é que a oportunidade de ver Jon Thorne dando aula, transformando pessoas e sua relação com a música em minutos foi fascinante. Em música de câmara então! Foram poucas as vezes em que presenciei a "arte de dar aula de arte" em cores tão vivas! Ver tanta paixão e eficácia ao ensinar a fazer música me levou a fazer a entrevista, e a conversa com este ser humano generoso foi bem humorada e rica. Espero que gostem!
14/02/2018
UMA MUDANÇA SIMPLES QUE PODE AUMENTAR SUAS CHANCES DE GANHAR UMA AUDIÇÃO
por Dr. Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site The Bulletproof Musician
Quanto tempo por dia devemos estudar para obter o melhor desempenho é um ponto de discussão bem popular. Mas qual foi a última vez que conversou com outro músico sobre a quantidade de tempo por dia que devemos dormir para obter o melhor desempenho?
O Pequeno Violinista Dormindo, pintura de Ernest Hébert, séc. XIX. |
De acordo com pesquisadores de sono como James Maas da Universidade de Cornell, o melhor desempenho mental e físico não vai ocorrer quando estamos em um estado de privação de sono. Em outras palavras, não conseguimos alcançar o nosso potencial e somos incapazes de tocar ou nos apresentar no nível em que somos capazes, se não estamos dormindo o suficiente. E, acredite se quiser, a grande maioria de nós seria classificada como privada de sono. Na verdade, a maioria de nós nem sequer sabe qual é a sensação de estar completamente acordado.
Então uma pessoa normal precisa de quantas horas de sono para ser capaz de atingir o pico de performance?
Já te falo em um minuto, mas primeiro, como podemos dizer se estamos privados de sono ou não?
03/12/2017
MINHA ALUNA DE 84 ANOS
Em 2009, eu estudava num conservatório mais para o sul da Flórida numa cidade pequenininha, e foi nessa época que um colega me perguntou “tem uma senhora que está procurando professor de música de câmara, você quer?”
Achei a foto aqui |
Depois de uma breve conversa ao telefone com a tal senhora, aceitei a empreitada. Marcamos um dia, peguei o trem para a próxima cidadezinha, onde ela morava. Na estação, ela já estava à minha espera e partimos em seu carro. E pude observá-la melhor, uma senhora toda enrugada, doce, bem branquinha de cabelos pintados de castanho escuro, batom rosa choque, muito simpática.
29/10/2017
MAIS JEITOS DE DEFINIR DE OBJETIVOS (QUE FUNCIONAM)
por Dr. Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site The Bulletproof Musician
A importância de definir de objetivos não pode ser minimizada. No entanto, pouquíssimos de nós realmente faz isso, muitas vezes porque não sabemos direito como.
Se você achou esses aqui úteis, aqui estão mais alguns princípios para uma definição de objetivos eficaz.
Escreva
Nosso cérebro é projetado para eficiência. Ele tenta não trabalhar a mais ou armazenar mais informações do que é necessário. Acho que isso tem um pouco a ver com o motivo da nossa tendência a ser bem esquecidos. Esquecemos de pagar um boleto, de mandar cartão de aniversário para a vó, e se a louça na máquina está suja ou limpa. Por que seria diferente com os nossos objetivos?
21/09/2017
4 AMERICANOS EM SÃO PAULO: UMA SEMANA E TANTO!
No final de junho de 2017, desembarcaram em São Paulo quatro estudantes de uma das melhores escolas de música do mundo, a Juilliard School of Music, de Nova York, nos Estados Unidos. Jennifer Liu, Brian Hong (violinos), Jasper Snow (viola) e Eddie Pogossian (violoncelo) vieram ao Brasil para trabalhar com a Orquestra de Cordas do Guri e realizar, em formação de quarteto de cordas, apresentações em alguns polos da instituição.
A parceria entre a Juilliard e o Guri Santa Marcelina existe desde 2010 e várias ações de intercâmbio entre alunos e profissionais de ambas as instituições vêm acontecendo ao longo desses últimos 7 anos.
07/09/2017
UM BOM JEITO DE DEFINIR OBJETIVOS
por Dr. Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site The Bulletproof Musician
Esse esqueminha SMART de definição de objetivos vem do mundo dos negócios. |
"Você definiu e escreveu objetivos claros para o seu futuro, e fez os planos para realizá-los?"
Em uma lenda urbana bem conhecida, esta pergunta foi feita aos recém graduados em MBA em Harvard no ano de 1979 (ou a classe de Yale de 1953, dependendo de quem conta). A história continua, e descobriram o seguinte:
- 84% não tinham objetivos específicos
- 13% tinham objetivos, mas não por escrito
- 3% tinham metas escritas claras e planos para realizá-las
Dez anos depois, os mesmos indivíduos foram entrevistados novamente. Os 13% que estabeleceram metas estavam ganhando, em média, duas vezes mais que os 84% sem objetivo. Legal, mas nada comparado aos 3% que tinham metas comprometidas ao papel. Esse grupo de super-realizados estava ganhando uma média de dez vezes mais do que os outros dois grupos juntos! (O que eles não ensinam na Harvard Business School).
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