01/11/2016

O LADRÃO DE BISCOITOS

por Dr. Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site The Bulletproof Musician


O ladrão de biscoitos: um poema* sobre quão distraídos podemos ser e quão errados podemos ser.


foto encontrada aqui
O LADRÃO DE BISCOITOS
por Valerie Cox

Uma mulher estava esperando em um aeroporto, uma noite, com muitas longas horas antes de seu vôo. Ela foi à caça de um livro nas lojas dali, comprou um saco de biscoitos e encontrou um lugar para se sentar.

Ela estava absorta em seu livro, mas viu que o homem sentado ao seu lado, tão atrevido quanto poderia ser… catou um biscoito ou dois do saquinho entre eles, o que ela tentou ignorar para evitar uma cena.

Ela mastigava os biscoitos e observava o relógio, enquanto o intrépido ladrão tratava de diminuir o estoque de biscoito. Ela foi ficando cada vez mais irritada com o passar dos minutos, pensando: "Se eu não fosse tão legal, quebrava a cara dele."

25/09/2016

COMO EU AQUEÇO - JACQUELINE CHOI + BELA HORVATH

Jacqueline Choi.
Foto do arquivo pessoal
Jacqueline Choi é uma violoncelista coreana-americana, solista, participa de inúmeros projetos e séries importantes de música de câmara, inclusive com Itzhak Perlman. Estudou em algumas das melhores escolas dos Estados Unidos: New England Conservatory, Juilliard e Manhattan School of Music. Acabou de começar uma residência artística com o Euclid Quartet na Universidade de Indiana South Bend, onde dá aulas e palestras.

Bela Horvath. Foto do
arquivo pessoal.
Ela tinha topado um encontro via skype para essa entrevista. A entrevista com Bela Horvath seria em outro momento. Mas aí me fizeram uma surpresa: estavam os dois lá do outro lado da tela, e a entrevista foi conjunta, o primeiro Como Eu Aqueço duplo do blog! 

Mas, pera, quem é Bela Horvath? É um violinista húngaro, também ele solista e camerista internacional. Em 1999 Bela foi o competidor mais novo do concurso Carl Flesch, ficou em 4o. lugar e ainda por cima faturou o prêmio de melhor interpretação da peça composta especialmente para aquele concurso. Estudou na Academia Franz Liszt de Budapeste, e depois Pinchas Zukerman o convidou para ser seu aluno na Manhattan School of Music. Bela também foi professor da Manhattan e do Instituto Heifetz. 

E esses são os queridos entrevistados dessa edição de Como Eu Aqueço.

03/07/2016

VOCÊ É INSUBSTITUÍVEL? [parte 2]

por Dr. Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site The Bulletproof Musician

Leia a parte 1 deste post aqui.

achei a foto aqui

Na parte 1 deste post eu sugeri que nós devemos, a nós mesmos e ao nosso público, uma resposta à pergunta “Por que alguém deveria pagar para me ouvir tocar?”. Eu também insinuei que todos nós somos capazes de respondê-la, encontrando nosso nicho e nos tornando
insubstituíveis. Naturalmente, isso nos leva à questão de como...

14/05/2016

VOCÊ É INSUBSTITUÍVEL? [parte 1]

por Dr. Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site The Bulletproof Musician
ARE YOU IRREPLACEABLE? [part I]


Assinatura do Heifetz num cartãozinho
Foto encontrada aqui
Eu tinha uma aula na pós-graduação que tratava do lado comercial de perseguir uma carreira musical. Era uma aula ótima, mas forçou muitos de nós a encarar a realidade da indústria da música de uma forma que nunca tínhamos feito antes.

Em um dia particularmente memorável, o professor começou a aula fazendo uma pergunta simples, mas direta, que silenciou a sala. No meu entender o silêncio significava que ninguém tinha uma resposta, ou que ninguém tinha coragem de falar sua resposta na frente de todo mundo.

Qual foi a pergunta?

28/01/2016

COMO ACABAR COM FALHAS DE MEMÓRIA

por Dr. Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site The Bulletproof Musician


Ter um branco no meio de um concerto é provavelmente uma das coisas mais constrangedoras que podem acontecer a um músico. Para muitos artistas esse é o aspecto que mais deixa nervoso em performances ao vivo. E nem mesmo os melhores estão imunes a problemas de memória - ficamos sabendo de grandes concertistas que cometem alguns deslizes desse tipo ao longo do tempo.

Eu tive minha cota de brancos, é claro, desde a versão menos embaraçosa (dar um branco em um pequeno concerto informal) até o verdadeiramente humilhante (perder-se em uma peça solo de Bach na segunda fase de uma competição internacional). No entanto, quando eu era estudante, eu nunca aprendi a memorizar música. Ou, mais especificamente, eu nunca desenvolvi um sistema confiável para memorizar música.