10/07/2015

MEDITAÇÃO DE THAÏS

Cabelos curtos bem pretos e enroladinhos, alta, sorriso largo e a voz que a língua húngara deixa levemente estridente. Foi o que vi quando olhei para Leila Rásonyi ao chegar na Academia de Musica de Budapeste para conhecê-la. Uma imagem que foi ganhando  intensidade com o passar das aulas de violino.

Leila Rásonyi, que em 2005 era professora na
Academia de Música Franz Liszt de Budapeste.
Falante e cheia de histórias, começou contando a origem do próprio nome: “Meu pai era pesquisador de cultura turca. Não só, mas turca principalmente. Por isso meu nome, não é húngaro, é turco. E sabe quem deu a ideia? Bartók.” Arregalei os olhos. “Sim, o compositor. Ele e meu pai estavam juntos quando eu ainda estava na barriga da minha mãe, e foi ele que sugeriu. Ele também gostava de cultura turca.”


O encantamento de Leila Rásonyi estava presente não apenas nos ensinamentos e nas histórias, mas em tudo que a cercava. Era muito bom olhar para os tapetes pendurados nas paredes da sua casa, descobrir os muitos livros misturados aos objetos trazidos de um pedaço mais pra lá do Leste Europeu que deixavam o ambiente tão acolhedor e único quanto ela.